05/10/2008

Medo

Sexta feira, eu e os Biscoitos levantámo-nos atrasados e fomo-nos preparando calmamente para saír. O Biscoito estava bem disposto, eu tinha o Outro Biscoito pronto e de barriga cheia e fui pôr a fralda no caixote do lixo da cozinha. Antes de lá chegar dei de caras com o homem.
Estava um homem na minha cozinha. Demorei meio milésimo de segundo a perceber que era um estranho e que tinha entrado pela marquise.
Aterrada, puxei o Biscoito para o quarto onde estava o Outro Biscoito e fechei-nos lá dentro. O homem teve a gentileza de não entrar nesse quarto e falou comigo sempre de fora da porta. Eu entretanto escondi os miúdos, mais para estarem fora da vista do homem do que outra coisa qualquer. Sempre em posição defensiva junto à porta do quarto, esperei que ele saísse. Demorou tudo menos de dez minutos.

Não tivesse eu os Biscoitos em casa, teria reagido de forma diferente? Teria ele reagido de forma diferente? A polícia supõe que não, que o assaltante não esperava encontrar ninguém em casa àquela hora. Vem PSP, sai PJ, tiram-se impressões digitais, identificam-se fotografias. Tudo rápido e eficiente. Eu inclusivé.
Os Biscoitos passaram o dia normalmente, não se quebrou nenhuma rotina. Dentro do possível, a normalidade, mas agora com medo.

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